Tiramisu: dos bordeis italianos para a sua mesa, no Dia Internacional do Café (14/4)
Tiramisu: dos bordeis italianos para a sua mesa, no Dia Internacional do Café (14/4)
por Chef Cristina Barros
Presente no cotidiano de quase todos os brasileiros, o cafezinho é item indispensável na hora de receber uma visita, no início da manhã ou durante o expediente de trabalho. Com alto poder energético, é um ótimo estimulante e é tão querido pelas pessoas ao redor do mundo que possui até uma data comemorativa, que celebra o Dia Internacional do Café nesse domingo, 14 de abril. O que muita gente desconhece, é que o café vai muito além da sua forma líquida, dissolvida com água e açúcar, com ele é possível criar inúmeras receitas deliciosas, como o tradicional doce Tiramisu, agora totalmente reinventado pela chef brasiliense Cristina Barros.
Com origem regada por muitas lendas e histórias, a começar pelo seu significado – “puxa-me para cima”, uma das versões mais aceitas sobre o surgimento da famosa sobremesa Tiramisu é de que ela tenha surgido durante o século XX, nos bordeis Italianos, conhecidos na língua local como Case Chuise.
Sempre com cozinhas bem equipadas e com chefs confeiteiros, os bordeis ofereciam a sobremesa, à base de café, às cortesãs, antes mesmo da chegada dos cavalheiros, para que tivessem mais energia para divertir os boêmios durante toda a noite. Por sua vez, as cortesãs recebiam a sua clientela também com a iguaria, que também leva chocolate em sua composição, sugerindo que seu consumo os ajudaria a ter um desempenho sexual mais eficaz, perpetuando, assim, o poder afrodisíaco do Tiramisu.
Outra versão conta que o prato é proveniente da região de Toscana, criado pelos tradicionais “Pasticcieri” de Siena, durante a visita do Grã-duque de Toscana, Cossimo III, um amante do açúcar. Com o intuito de agradar as papilas gustativas do ilustre comensal, os confeiteiros resolveram criar um doce exclusivo que representasse suas características: grandiosidade e simplicidade, e, assim, nasceu o clássico pavê italiano que, a princípio, foi chamado de “zuppa Del Duca”. O sabor delicioso do doce conquistou o grã-duque, que decidiu levar a receita para Corte, onde também conquistou a todos e a partir daí se espalhou por toda Itália.
Não se pode afirmar que a receita feita e servida nos bordéis seja a mesma que foi levada para Corte, pois sua fórmula não foi registrada e nem mesmo há referência sobre o doce nos livros clássicos de gastronomia italiana, ou em qualquer outro livro histórico de cozinha, o que reforça a versão de que o Tiramisu teve suas origens em lugares que não eram bem vistos pela sociedade, como os bordeis. No entanto, hoje, existe uma infinidade de receitas, que usam, quase sempre, os mesmos ingredientes irresistíveis: gemas, açúcar, café, chocolate, mascapone e biscoito champagne. Não há unanimidade e obrigatoriedade no formato que se dever servir a sobremesa.
Na pâtisserie Cristina Barros, no setor Sudoeste, em Brasília, a receita fatal para os apaixonados é apresentada com uma releitura extremamente criativa e, claro, deliciosa! O Tiramisu, desta vez, é servido com um creme de queijo em formato de picolé, que deve ser mergulhado no café com o licor de laranja, com a sobremesa batizada por mim, uma cinéfila convicta, de O Filho da Noiva, em homenagem ao filme argentino, dirigido em 2001, por Juan José Campanella, com Norma Aleandro, Hector Alterio e Ricardo Darín. Mas para quem prefere saborear tal iguaria de casa, aqui vai a dica que leva essa obra de arte na receita abaixo.Aproveche!
Tiramisu
Ingredientes
200 g gemas peneiradas
150 g de açúcar
500 g de queijo mascapone
200 g de creme de leite
4 pacotes de Biscoito Champanhe
Café expresso/café forte sem açúcar*
Licor de laranja*
Cacau em pó para polvilhar
*quantidade necessária para molhar os biscoitos.
Modo de Preparo
Bater as gemas com o açúcar até obter um creme esbranquiçado, consistência de laço. Acrescente o queijo mascapone e continue batendo mais um pouco. Bater o creme de leite fresco em ponto de chantilly e juntar ao creme de gemas e mascapone. Misture o café com o licor de laranja e molhe um por um os biscoitos champanhe.
Montagem Sugerida
Em taças individuais, faça uma camada com os biscoitos molhados no café. Cubra com uma camada do creme de queijo e polvilhe cacau em pó. Repita a operação duas vezes e finalize que o creme de mascapone. Leve para gelar por no mínimo quatro horas. Na hora de servir, polvilhe cacau em pó, e faça a decoração que desejar.
Serviço:
Cristina Barros Pâtisserie
(61) 3343-3209
SCLSW 103 bloco a loja 23 ed Rhodes II – galeria – Sudoeste Brasília (DF)
www.cristinabarrospatisserie.com.br
Assessoria de imprensa:
Gulyas Comunicação
(61) 8428 0719 / 8177 3832
Fernanda Fernandes e Clarice Gulyas
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