“Sempre convido as pessoas para passarem uma tarde em Itapoã”, brinca o administrador Marcus Vinicius Cotrim, em referência a um dos trechos da canção. “No começo da cidade tinha uma pessoa que era da Bahia e saiu nominando as ruas com nome de praia. Como já tinha um condomínio com esse nome, resolveram nomear a cidade inteira com o nome de Itapoã, que é com ‘o’ e não com ‘u’, por causa de um erro no decreto que criou a RA”, conta.
Além de um desfile cívico que será realizado na sexta-feira (8), com a participação de cerca de 300 alunos de escolas públicas e particulares, incluindo integrantes do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) e do Exército Brasileiro, a população da cidade poderá se deleitar com várias atrações culturais.
“Vamos celebrar o aniversário de Itapoã ao longo de todo o mês de julho com vários eventos, tendo como tema A Cultura da Paz”, detalha o administrador. “Itapoã é uma cidade que aprendi a amar, uma cidade de gente trabalhadora, onde grande parte sai cedo para ganhar a vida. Então, quando conseguimos dar qualidade de vida, infraestrutura para elas, tudo melhora”, diz.
Itapoã hoje tem obras e ações que têm dado não apenas conforto e qualidade de vida aos quase 65 mil moradores da cidade, mas também um sentimento de pertencimento. É o que explica o pedreiro Francisco Cleiton da Silva, 37 anos, 12 deles morando na RA. “É uma cidade que a cada ano me surpreende, e para melhor”, constata. “A segurança tem melhorado pra caramba”, avalia.
Segundo o morador, nascido no Piauí, o reflexo de que a cidade está diferente, e para melhor, como ele destaca, está nos pequenos detalhes do cotidiano. Isso ele constata ao levar os três filhos para passear pelas quadras de esportes e parquinhos infantis da cidade, todos recuperados dentro do projeto RenovaDF. Foram investidos mais de R$ 170 mil para a recuperação das áreas de lazer da cidade.
“Itapoã é uma cidade de gente trabalhadora, onde grande parte sai cedo para ganhar a vida”Marcus Vinicius Cotrim, administrador do Itapoã
Do parque infantil que leva os filhos quase todos os dias, ele contempla a duplicação da DF-250, utilizada diariamente por moradores do Itapoã, do Paranoá e também de Planaltina para ir ao trabalho e retornar para casa. A obra, com extensão de aproximadamente 6 km, entre o Núcleo Rural de Sobradinho dos Melos, que fica no Paranoá, até o Balão do Itapoã/Paranoá, tem investimento de R$ 12,2 milhões e o intuito de melhorar o tráfego de cerca de 40 mil veículos que transitam pelo local.
Já a futura duplicação da DF-001, obra que será realizada a partir de uma contrapartida ambiental firmada entre a construtora JC Gontijo, responsável pela edificação do Itapoã Parque, irá beneficiar a mobilidade para cerca de 50 mil pessoas que irão morar numa das quase 12,2 mil unidades do condomínio. “São duas obras que vão mudar a cara da cidade, impactando não só os moradores do Itapoã, mas também do Paranoá, melhorando a fluidez do trânsito da região Oeste do DF que dá acesso para o Lago Sul, Lago Norte, Sobradinho, Planaltina e São Sebastião”, explica o administrador do Itapoã.
Infraestrutura urbana
Na chamada Rota do Cavalo, localizada na DF-440, a inauguração de 1,5 km de pavimentação ajudou o dia a dia dos moradores das regiões do Paranoá e do Itapoã. A pedido da população, uma ciclovia foi desenhada em um trecho que vai do Condomínio Del Lago II, na altura da garagem da Viação Pioneira, até o balão que dá acesso à cidade. O setor ganhou iluminação pública.
A pavimentação também chegou na área rural, com correição de estradas de chão em vários setores e até asfalto na vicinal 330, a principal do setor de chácaras. “Também implantamos papa-lixos na zona rural e dentro da cidade, com a perspectiva de colocar mais, porque é preciso”, planeja o administrador Marcus Cotrim.
Com investimento de R$ 33 milhões, seis quadras da cidade – 202, 203, 318, 378 e 379, além de parte da 366 – receberão pavimentação asfáltica e drenagem pluvial. “Essa obra vai concluir a urbanização do Itapoã, não vamos mais ter na região quadra que não tenha pavimentação asfáltica e drenagem pluvial”, afirma Cotrim.
Com trabalhos bastante adiantados, a construção da Escola Classe 203, do setor Del Lago, prevista para terminar em outubro, assegurará 800 vagas para alunos do 1º ao 5º ano. A obra, orçada em R$ 8,4 milhões, contará com três pavimentos e 23 salas de aulas, além de espaço multiúso, biblioteca, laboratório, auditório, refeitório, parque, banheiros e quadra poliesportiva coberta. “É garantia de mais educação para a cidade, para os nossos filhos”, chama atenção Amanda Noêmia Pereira, 21 anos, desde os 12 anos moradora do Itapoã. “Gosto de morar aqui”, comenta ela, mãe de um bebê de colo.
Entre as obras concluídas na cidade, está a Praça dos Direitos, um grande complexo voltado para esporte e projetos sociais. O local com 615 m² localizado na Quadra 203 tem duas salas de convivência para práticas esportivas e dança, além de atividades eletrônicas.
É num desses espaços que o estudante Kauan Barbosa, 17 anos, pratica taekwondo. “Muito legal esse projeto que fiquei sabendo por meio da diretoria da escola, já saio de lá e venho para cá”, lembra ele, aluno do Centro de Ensino Fundamental Zilda Arns, localizado ao lado da Praça dos Direitos.
“Além do cunho social, os projetos sociais que acontecem na Praça do Direito ocupam os jovens, dando tranquilidade aos pais que estão no trabalho, e formam campeões não só dentro do tatame, mas também para a vida”, avalia Jessé Santos, professor da turma de taekwondo da Praça dos Direitos.