Diante do caso de raiva em humano registrado na tarde de terça-feira (5) no Distrito Federal, a Secretaria de Saúde antecipou para esta quarta o início da campanha antirrábica para cães e gatos a partir de 3 meses. Ao todo, a secretaria disponibilizou 14 pontos de vacinação em diferentes regiões.
Odete Bortolozzi aproveitou o primeiro dia de vacinação para levar logo cedo o yorkshire Bruce, de 5 anos. Ela garante que a carteira de vacinação do cãozinho está atualizada com todas as vacinas necessárias. “Ele é meu xodó. Estamos sempre atentos às vacinas. A gente precisa cuidar de quem está perto da gente. A prevenção de doenças e o bem-estar dos bichinhos estão diretamente relacionados à nossa saúde”, afirma.
A imunização é de segunda a sexta-feira, das às 8h às 17h. Nos próximos dias, novos pontos volantes entrarão em operação, incluindo uma parceria com as administrações regionais, onde, estima-se, a população de cães e gatos é de 345.033, dos quais 89,4% são cães e 10,6%, gatos. A expectativa é vacinar pelo menos 80% da população animal.
A vacina antirrábica faz parte do calendário fixo, portanto está disponível durante o ano inteiro, em todos os Núcleos Regionais de Vigilância Ambiental (confira aqui).
“Lavar o local da ferida com água e sabão é uma medida extraordinária com a qual já se diminui muito a possibilidade de propagação do vírus”Laurício Monteiro da Cruz, diretor-substituto da Vigilância Ambiental
Transmissão do vírus
O vírus da raiva está presente na saliva de animais infectados e é transmitido principalmente por meio de mordidas e arranhões ou de lambidas em mucosas e pele lesionadas.
O diretor-substituto da Vigilância Ambiental, o médico veterinário Laurício Monteiro da Cruz, ressalta a importância de higienizar a área que pode ter sido contaminada. “Lavar o local da ferida com água e sabão é uma medida extraordinária com a qual já se diminui muito a possibilidade de propagação do vírus”, explica.
Segundo ele, para se prevenir, além da vacina, é importante evitar mexer ou tocar em cães e gatos desconhecidos, sem donos, principalmente quando eles estiverem se alimentando, com cria ou dormindo. O especialista acrescenta que, em caso de suspeita de raiva, é fundamental a comunicação para acompanhamento e análise. A orientação é procurar uma Unidade Básica de Saúde para orientação.
O contato com a Diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde pode ser pelo telefone (61) 2017-1342 ou pelo Disque Saúde – 160 ou pelo e-mail: zoonosesdf@gmail.com
Zoonoses mais comuns:
– Acidentes por picadas de animais peçonhentos (como cobras, aranhas, escorpiões, abelhas, entre outros)
– Criptococose
– Esporotricose humana
– Febre amarela
– Hantavirose
– Leishmaniose tegumentar
– Leishmaniose visceral
– Leptospirose
– Malária
– Raiva
– Salmonelose
– Toxoplasmose
*Com informações da Secretaria de Saúde do DF