É o caso de Déllis Gonçalves, de 28 anos. Ao pisar na unidade básica de saúde (UBS) 1 de Taguatinga, ela exibe a barriga que carrega as 36 semanas de vida do seu primeiro filho. Assim que chega, a moradora do Assentamento 26 de Setembro parte para o seu acompanhamento pré-natal agendado.
Déllis, que já está no fim da gestação, recebe, desde o início, assistência multidisciplinar com médicos, enfermeiros, assistentes sociais, farmacêuticos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e nutricionistas. Em complemento, ela ainda participa de encontros e atividades promovidas pela unidade.
“Durante a gravidez, a gente fica muito sobrecarregada no dia a dia, porque nós não somos só gestantes. Somos também donas de casa, trabalhamos fora e cuidamos da preparação para a chegada do bebê. Foi muito bom receber esse cuidado e essa segurança”, ressalta a futura mãe.
“O programa abriga todo o processo gestacional: o pré-natal, o parto e o nascimento, o pós-parto e, também, cuidados ao recém-nascido e às crianças de até dois anos de idade”Gabrielle de Mendonça, membro da diretoria de Enfermagem da SES
Assim como a maioria dos serviços de atenção primária, as UBSs de referência – braços da Secretaria de Saúde (SES) – são a porta de entrada para o início do acompanhamento da gravidez.
São nessas unidades que a gestante obtém as informações iniciais de cuidado, como nutrição e fisioterapia, e passa por uma avaliação de saúde, sua e do bebê, a fim de detectar possíveis complicações. Os tratamentos e exames de rotina e de prevenção seguintes também serão realizados na UBS escolhida.
Se porventura for diagnosticada condição que indique complicações, a gestante é encaminhada ao pré-natal de alto risco – setor no qual serviços especializados de atenção secundária entram em cena, passando a oferecer procedimentos que mantenham a mãe e o bebê em segurança.
Cuidado de uma ponta à outra
O atendimento holístico oferecido a Déllis desde o início de sua gravidez é possível a partir do trabalho da SES, por meio da Rede Cegonha – programa do governo federal, implementado no Distrito Federal (DF), que articula os serviços de atendimento durante a gravidez. Nele estão estruturadas ações e serviços que asseguram atendimento de qualidade e humanizado, incluindo a realização de todos os exames necessários e encaminhamento para atendimento se houver alguma complicação durante a gravidez.
“O programa abriga todo o processo gestacional: o pré-natal, o parto e o nascimento, o pós-parto e, também, cuidados ao recém-nascido e às crianças de até dois anos de idade”, explica a representante do Grupo Condutor Central da Rede Cegonha no DF e membro da diretoria de Enfermagem da SES, Gabrielle de Mendonça. “A essência da rede é, justamente, interligar o acompanhamento da gestante, tornando-o contínuo, integrado e interdisciplinar”, acrescenta.
A Rede Cegonha assegura o acolhimento com classificação de risco durante o pré-natal e a vinculação da gestante às UBSs e aos hospitais de referência para o acompanhamento. Também garante a segurança e as boas práticas nos cuidados de parto e de nascimento, o atendimento das crianças de 0 a 24 meses e o acesso ao planejamento reprodutivo.
Além de marcar o início do mês da mulher, março também abriga a Semana de Conscientização sobre os Direitos da Gestante. A Lei nº 11.634 de 2007 dispõe acerca desses direitos na saúde pública.
Saiba mais
É possível descobrir a unidade de referência para atendimento na página Busca UBS, no portal Info Saúde-DF.
O portal também oferece um espaço da Rede de Atenção Materno e Infantil, no qual é possível tirar dúvidas, calcular a quantidade de semanas de gravidez com a calculadora gestacional e, a partir da 37ª semana de gestação, consultar o hospital onde será realizado o parto.
*Com informações da Secretaria de Saúde