Sob chuva, bloco Babydoll de Nylon volta a animar carnaval de Brasília

Folia reuniu 20 mil no centro da capital federal

Vestidos de camisolas, pijaminhas e cheios de adereços, os foliões de Brasília lotaram hoje (2) o estacionamento do Estádio Nacional Mané Garrincha, no retorno do Babydoll de Nylon ao carnaval da capital federal. De acordo com estimativas da Polícia Militar, a festa reunia cerca de 20 mil pessoas, antes de esvaziar um pouco por causa da chuva forte que caiu no fim da tarde.

O estudante Wemerson Barbosa não dispensou o uniforme do bloco. De camisola vermelha, esta foi a sua primeira vez no Babydoll de Nylon. Ele já promete voltar nos próximos anos. “Viemos para curtir e achei as bandas bem legais”, disse.

Este ano, o bloco estreou sua banda oficial, a Sound`Nylon, formada apenas por músicos de Brasília. No som, diferentes ritmos musicais e músicas consagradas dos carnavais dos anos 90 e início dos anos 2000. De acordo com Raphael Pontual, um dos fundadores do bloco, a parte musical é muito importante. “Temos uma troca muito legal com o público, aqui você não vai ouvir os hits de verão”, explicou. Além da Sound`Nylon, DJs e bandas animaram a festa.

Bloco de carnaval Baby-doll de Nylon no estacionamento do Estádio Nacional de Brasília "Mané Garrincha".

Bloco voltou a sair depois de não se concentrar em 2018 – José Cruz/Agência Brasil


Aos 47 anos, Elza da Cruz Rodrigues Oliveira é foliã fiel do bloco. “Venho todos os anos, é maravilhoso”, disse ela. Acompanhada do filho, a auxiliar de serviços gerais chegou cedo, ao meio-dia, para não perder nada da festa.

Fundado em 2011, o bloco concentrava-se na Praça do Cruzeiro até 2017. Em 2018, o Babydoll decidiu não sair às ruas alegando falta de segurança para receber os foliões.

Hoje, além do policiamento, o estacionamento foi cercado com alambrados. Duas barreiras de revistas foram montadas. Garrafas de vidro, entre outros artefatos, foram proibidas. A Polícia Civil do Distrito Federal distribuiu apitos às mulheres, para serem usados em situações de assédio.

Para Raphael, os foliões entenderam a importância da estrutura de segurança e mostraram isso ao comparecer em peso ao evento.

Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil  Brasília