Em sessão inaugural, distritais lembram trajetória até chegar à CLDF

Foto: Figueiredo/CLDF

O discurso do novato Max Maciel emocionou o plenário ao relembrar sua trajetória política em movimentos sociais e culturais de Ceilândia

Na primeira sessão ordinária da 9ª Legislatura da Câmara Legislativa, nesta quarta-feira (1º), os parlamentares eleitos para o período de 2023-2026 relembraram vários episódios pessoais que, de acordo com os pronunciamentos, os levaram a ocupar uma cadeira no Legislativo do Distrito Federal. Um dos discursos mais contundentes foi o do deputado Max Maciel (Psol), que afirmou ser um sobrevivente: “A morte da juventude preta e periférica é uma realidade. Ainda sou exceção no meu território”.

O distrital emocionou-se várias vezes quando mencionou fatos de sua trajetória, “fruto das lutas, movimentos sociais e culturais”, especialmente, na Ceilândia, cidade da qual é oriundo. Referindo-se ao pronunciamento, o presidente da CLDF, Wellington Luiz (MDB), que coordenou os trabalhos da sessão, incorporou as palavras do colega: “Você fala por mim e me enche de orgulho. Temos de representar os que mais precisam”, afirmou o parlamentar.

Os distritais que subiram à tribuna após Max Maciel também aludiram ao discurso. Em meio a diversas menções à religião, o deputado Pastor Daniel de Castro (PP) falou da importância da educação e disse que terá como missão “fazer com que mais pessoas tenham a oportunidade que tivemos”.

 

Enquanto a deputada Doutora Jane (Agir), dizendo-se emocionada “pela fala do Max”, declarou: “Sou preta, da periferia e polícia e, durante muito tempo, abordei pretos e pobres”. Diante dessa realidade social, disse que seu mandato terá como meta “representação com respeito”.

Também inaugurando seu primeiro mandato, o deputado Rogério Morro da Cruz (PMN) tratou da “honra” de ser um representante do povo, destacando a sua localidade: São Sebastião. O distrital afirmou que buscará melhorias, como saneamento básico, e sua bandeira será a regularização fundiária.

Mais pronunciamentos

Fazendo menção a ocasiões anteriores – durante as sessões extraordinárias convocadas para tratar dos acontecimentos do dia 8 de janeiro, que culminaram na CPI dos Atos Antidemocráticos, tema de vários distritais na sessão de hoje –, o deputado Thiago Manzoni (PL) afirmou que aquele era o seu “discurso de posse”. Ele fez citações a Deus, à família, ao seu partido político, à deputada federal Bia Kicis (PL/DF), além dos seus eleitores.

Parlamentares reeleitos para um novo mandato na CLDF deram boas-vindas aos pares. Caso de Eduardo Pedrosa (União Brasil). “Temos de dar toda a atenção que a população merece”, conclamou. Por sua vez, João Cardoso (Avante), além de palavras de acolhimento, tratou de questões da educação, uma de suas metas.

Já o deputado Jorge Vianna (PSD) relatou reunião no Ministério da Saúde sobre a questão do piso salarial dos profissionais da enfermagem, categoria à qual pertence.

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Marco Túlio Alencar – Agência CLDF