Distritais defendem abertura da “CPI do Iges”
Na sessão extraordinária remota da Câmara Legislativa desta terça-feira (23), deputados defenderam a instalação imediata de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF). De acordo com Chico Vigilante (PT), o órgão está “destruindo o Hospital de Base” e soma uma dívida de R$ 200 milhões. “Há um rastro de corrupção e malandragem que precisa ser investigado por todos nós”, reforçou. O distrital disse esperar que a CPI tenha apoio dos 24 deputados e cobrou ao Governador, Ibaneis Rocha, a “promessa de campanha” de acabar com o Iges.
Presidente da Comissão de Educação, Saúde e Cultura, Arlete Sampaio (PT) destacou a importância da unidade para a Saúde do DF, já que é responsável pelos procedimentos de média e alta complexidade. Para ela, é necessário aprimorar a atenção primária para reduzir o número de pacientes que procuram o hospital. “Mas eles estão pensando em desmontar serviços como já fizeram com a hemoterapia, com a atenção aos pacientes com esclerose múltipla e agora querem fazer com a ortopedia”, criticou.
Para a distrital, há indícios de irregularidades no Iges que justificam a CPI, como “contratos com salários altíssimos, uso inadequado do cartão corporativo, licitações dirigidas, problemas administrativos, mau uso dos recursos públicos”. Assim como ela, o deputado Jorge Vianna (Podemos) criticou a determinação do Governo para que os profissionais retornem para a Secretaria de Educação. De acordo com ele, o Iges será obrigado a contratar profissionais diretamente ou devolver os recursos destinados aos profissionais que voltarem à Secretaria. Vianna criticou a falta de transparência e disse ter solicitado reunião com a direção do instituto para debater a situação dos servidores.
Fábio Félix (Psol) afirmou que o Iges é responsável por “grande fiasco” na gestão da saúde, não tem transparência e dá prejuízo. “Pedimos a CPI do Iges porque precisamos passar a limpo essa instituição que tem feito mal à saúde, mal aos trabalhadores e tem dado uma péssimo exemplo de gestão pública no DF”, justificou.
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Mário Espinheira
Imagem: Reprodução/TV Web CLDF
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