A merendeira Maria dos Reis, 34 anos, trouxe a receita batizada de Salada nutritiva para participar do concurso. O prato leva repolho, pepino, cenoura, couve, frango, limão e temperos especiais. Ela trabalha na Escola Classe 111 de Samambaia e percebeu que precisava inserir as verduras de forma agradável e gostosa nas refeições das crianças.
“Já servimos esse prato para os estudantes e foi sucesso. É prático de fazer, porque leva várias verduras em um preparo que não precisa ir ao fogo, apenas o frango. Isso é bom porque facilita o cotidiano”, conta Maria, que é merendeira há sete anos.
Outra receita semifinalista é da dupla Josilene Páscoa, 52 anos, e Janete Ramos, 47 anos, que trabalham no Centro de Ensino Fundamental 215 de Santa Maria. Elas idealizaram um arroz carreteiro com creme de abóbora. “Eu amo o que faço. Me sinto extremamente realizada sendo merendeira e tem sido maravilhosa essa experiência do concurso”, destaca Josilene, que já exerce a função há 18 anos.
“A iniciativa valoriza o papel das merendeiras na promoção da alimentação saudável e adequada no ambiente escolar. Esse concurso também incentiva preparações que possam inovar os cardápios, já que a base das receitas usa ingredientes já utilizados na alimentação escolar”Fernanda Mateus, diretora de Alimentação Escolar da Secretaria de Educação
A parceira de cozinha explica que elas decidiram fazer uma receita que fosse simples na execução e acessível para ser realizada em qualquer escola. “Pensamos até no corte da carne, porque crianças menores preferem em tamanho menor. Então padronizamos um corte que pode ser usado em qualquer local”, conta Janete.
Todas as receitas devem conter, obrigatoriamente, ingredientes e produtos adquiridos exclusivamente pelo Programa de Alimentação Escolar do Distrito Federal (PAE-DF). Na avaliação, os jurados deverão observar os critérios como a viabilidade, ou seja, a possibilidade de replicação da receita em qualquer unidade escolar da rede pública de ensino; e a criatividade, que avalia originalidade e inovação na preparação, além da utilização do máximo de alimentos possíveis presentes no cardápio do PAE-DF.
“A iniciativa valoriza o papel das merendeiras na promoção da alimentação saudável e adequada no ambiente escolar. Esse concurso também incentiva preparações que possam inovar os cardápios, já que a base das receitas usa ingredientes já utilizados na alimentação escolar”, destaca a diretora de Alimentação Escolar da Secretaria de Educação (SEEDF), Fernanda Mateus.
Todas as merendeiras terão as receitas publicadas em um livro, organizado pela SEEDF. A publicação terá a foto da idealizadora da receita e também do prato.
Caminho percorrido
Esta é a primeira edição do concurso organizado pela SEEDF, que contou com cerca de 160 receitas inscritas para seleção.
A escolha das melhores receitas ocorre em três etapas: regional, lote (por grupos de regionais) e final. A primeira fase ocorreu em junho e a segunda (semifinal), agora em novembro.
Cada uma das etapas tem a própria comissão julgadora, com representantes de diversas instâncias da Secretaria de Educação e parceiros. A semifinal vai selecionar as oito receitas finalistas, que vão participar da última etapa, marcada para o dia 3 de dezembro.
Premiação
A premiação do concurso Sabor de Escola: melhor receita da alimentação escolar do Distrito Federal não será em dinheiro. A escolha dos prêmios será feita oportunamente, pela Secretaria de Educação e pela Empresa G&E, parceira da iniciativa, com base nos seguintes valores:
● 1º lugar: prêmio de valor aproximado de R$ 8.500
● 2º lugar: prêmio de valor aproximado de R$ 5 mil
● 3º lugar: prêmio de valor aproximado de R$ 4 mil
● 4º lugar ao 8º lugar: prêmio de valor aproximado de R$ 2.500 para cada um
*Com informações da Secretaria de Educação